segunda-feira, 26 de novembro de 2012


Corrida e incontinência urinária


A coluna de hoje vai abordar um problema que atinge entre 5% e 8% da população Brasileira, segundo dados do IBGE: a incontinência urinária. Achou esse porcentual alto? Pois saiba que, quando transportado para o mundo das corridas, essa disfunção pode atingir até 27% da mulheres praticantes da modalidade, segundo uma pesquisa realizada em São Paulo. A questão é tão grave que já foi tema de Chegada no passado, mas hoje voltamos a ela sob a luz de um encontro que tive com a professora e fisioterapeuta Milena Liste, estudiosa desse tema. É ela quem vai nos ajudar, a seguir, a entender um pouco mais sobre o problema e como lidar com ele.

O que é a incontinência urinária (IU)?
É aquela situação em que alguém não consegue controlar a urina. A IU ocorre devido a instabilidade dos músculos, tendões e ligamentos da região pélvica.
A corrida pode causar IU?
Todos sabemos dos inúmeros benefícios que a corrida nos traz. No caso de IU, porém, é provado que o impacto das passadas aumenta o risco para a ocorrência do problema.
É possível prevenir o seu aparecimento, mesmo praticando corrida?
A dra. Milena Liste explica que os hábitos são importantes na prevenção e tratamento da IU. Ela recomenda ingerir de 120 a 200 ml de líquido por vez, até atingir uma quota de 1,5 litro por dia. Isso ajuda a criar uma regularidade nas vezes em que a você urina, que deve ser de 6 a 8 vezes ao dia. Uma dieta rica em fibras, que facilita a evacuação, também ajuda a poupar o assoalho pélvico. Além disso, exercícios do períneo – que é formada pelos músculos do assoalho pélvico – adotados diariamente ajudam na prevenção.

E quem já sofre de IU? Como tratar?
A adoção dos hábitos mais saudáveis citados acima, como a ingestão de líquidos em ritmo controlado e o aumento do teor de fibras na dieta, bem como a a prática regular de exercícios do períneo, fazem parte do tratamento. Mas há também outros recursos, como a eletroestimulação de regiões específicas que auxiliam no processo de recuperação do assoalho pélvico. Em todos os casos, porém, é fundamental recorrer a um médico urologista, que possivelmente recomendará um tratamento com fisioterapia específica. A boa notícia é que os resultados são positivos, na grande maioria dos casos.
Portanto, se você achava normal perder o controle da urina durante uma prova, atenção: é provável que você sofra de incontinência urinária e é importante saber que há tratamento para o caso.
Por Renato Dutra

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


Incontinência Urinária de Esforço (IUE)


A incontinência urinária de esforço genuína é definida como a perda involuntária de urina através da uretra causada por um aumento da pressão abdominal e na ausência de atividade do detrusor. esta definição, sugerida pela international continence society, é baseada na fase cistométrica do estudo urodinâmico, que é o único exame capaz de comprovar a ausência de atividade do detrusor. isto faz com que o estudo urodinâmico assuma um papel de destaque no diagnóstico desta alteração. 

O colo vesical e a uretra funcionam como a zona de controle da continência nas mulheres, normalmente esta zona de controle se mantém sempre com uma pressão superior a intravesical. este gradiente de pressão só é invertido durante a fase de micção voluntária, quando a unidade esfincteriana se relaxa e a pressão intravesical supera a pressão uretral. quando as estruturas do assoalho pélvico, que dão suporte a uretra, enfraquecem, ocasionando uma hipermobilidade do colo vesical e da uretra, acompanhada ou não de prolapso da bexiga, pode ocorrer a perda urinária por aumento da pressão intravesical na ausência de relaxamento da unidade esfincteriana uretral, esta situação é a incontinência por esforço. outra causa de perda por esforço é a lesão dos mecanismos intrínsecos de resistência uretral, que é conhecida como insuficiência esfincteriana uretral intrínseca, neste caso a pressão de fechamento uretral se encontra constantemente em níveis muito baixos, e qualquer aumento na pressão intravesical, mesmo que discreto, pode levar a incontinência. 

Etiologia

A incontinência urinária na mulher pode ser classificada em dois tipos: incontinência do detrusor e incontinência uretral. o primeiro tipo é ocasionado por alterações como a hiperatividade do detrusor ou a diminuição da complacência vesical. estas alterações podem ser devido a doenças neurológicas ou não terem causa aparente, neste último caso denominamos a situação de instabilidade do detrusor. 

A incontinência uretral é a forma mais comum de incontinência na mulher e pode ser ocasionada pelo enfraquecimento das estruturas do assoalho pélvico, que dão suporte a uretra, acarretando a hipermobilidade ou pode ser causada por lesão intrínseca do esfíncter uretral. a fraqueza do assoalho pélvico pode ser decorrente de partos múltiplos, cirurgias pélvicas, idade avançada e deficiência hormonal estrogênica, a doença pulmonar obstrutiva crônica e o tabagismo são fatores associados que agravam esta situação. a lesão uretral intrínseca é normalmente causada por cirurgias pélvicas, radioterapia ou trauma uretral. 

A instabilidade do detrusor pode ocorrer em cerca de 30% das pacientes com incontinência uretral e havendo esta associação a incontinência é denominada de IUE complicada. o diagnóstico desta situação deve ser realizado antes da cirurgia, pois uma parcela considerável destas pacientes vão necessitar de um tratamento clínico após a intervenção para correção da incontinência.





Fonte: Carrerette (Moreira JR Editora)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Terceira idade

Visão positiva da velhice melhora a saúde de idosos

Pessoas que encaram melhor a terceira idade têm menos problemas com realizar tarefas do cotidiano, como tomar banho ou vestir-se, diz estudo

Terceira idade: Visão positiva da velhice torna idosos mais saudáveis e independentes, diz estudo
Terceira idade: Visão positiva da velhice torna idosos mais saudáveis e independentes, diz estudo (Thinkstock)
Encarar a velhice de forma positiva pode ser uma maneira eficaz de melhorar a saúde. De acordo com uma pesquisa publicada nesta quarta-feira no periódico The Journal of The American Association (JAMA), essa atitude eleva as chances de um idoso readquirir a capacidade de realizar sozinho atividades do cotidiano, como tomar banho ou andar, e também retarda a perda dessa habilidade, problema que ocorre normalmente com o envelhecimento.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Association Between Positive Age Stereotypes and Recovery From Disability in Older Persons

Onde foi divulgada: periódico The Journal of The American Association (JAMA)

Quem fez: Becca Levy, Martin Slade, Terrence Murphy e Thomas Gill

Instituição: Universidade Yale, Estados Unidos

Dados de amostragem: 598 pessoas com mais de 70 anos de idade

Resultado: Idosos que têm opiniões mais positivas sobre a velhice se recuperam mais facilmente da incapacidade de realizar tarefas do cotidiano. Eles também perdem essa capacidade de forma mais lenta do que idosos que são pessimistas em relação à velhice.
O estudo, feito na Universidade Yale, nos Estados Unidos, acompanhou 598 pessoas com mais de 70 anos ao longo de 11 anos. Quando a pesquisa começou, nenhum participante tinha dificuldade em realizar tarefas do cotidiano. No entanto, durante o período em que o estudo foi realizado, todos eles apresentaram, em algum momento, incapacidade em relação a essas tarefas.
Durante os anos do estudo, os pesquisadores avaliaram a saúde dos participantes e também a visão de cada um em relação à terceira idade. Para isso, a equipe pedia que esses indivíduos falassem a primeira frase ou as primeiras cinco palavras que lhes viessem à mente quando pensavam em velhice. As incapacidades levadas emconta no estudo foram aquelas que impediam que os idosos realizassem, sozinhos, tarefas do dia-a-dia, como tomar banho, vestir-se e andar.
De acordo com os pesquisadores, os idosos com o ponto de visa mais otimista em relação à velhice apresentaram até 44% mais chances de se recuperar completamente de alguma incapacidade do que os participantes mais pessimistas em relação à terceira idade. Ou seja, eles conseguiram voltar a realizar atividades cotidianas sem a de ajuda de alguém. Essas pessoas também foram mais capazes de atenuar a gravidade da incapacidade e, além disso, apresentaram um declínio mais lento dessas habilidades.
A pesquisa mostra, segundo os pesquisadores, que o ponto de vista de uma pessoa em relação à velhice pode fazer com que ela seja um idoso mais independente e saudável. Eles acreditam que os próximos estudos devam buscar formas de promover o otimismo entre pessoas que estão entrando na terceira idade. 


O que é a Incontinência Urinária


       A Incontinência Urinária é definida como qualquer perda de urina. A perda de urina é um sintoma do trato urinário inferior, é indicador subjetivo de uma doença ou alteração do estado normal da paciente.


Quais são os tipos de Incontinência Urinária?

A Incontinência Urinária pode ser classificada em diferentes tipos
   Incontinência urinária de esforço (IUE): Queixa de perda involuntária de urina sincrônica ao esforço, espirro ou tosse;

   Incontinência urinária de urgência (URGE): Perda involuntária de urina associada ou imediatamente precedida por urgência miccional;

   Incontinência urinária mista: Queixa de perda involuntária de urina associada com urgência e com esforço, espirro ou tosse.
 

Quais os fatores para perda de urina?

A Perda de urina inclui idade avançada, raça branca, obesidade, partos vaginais, deficiência estrogênica, condições associadas ao aumento de pressão intra-abdominal, tabagismo, climatério e menopausa, quantidade de ingestão de líquido, doenças do colágeno  neuropatias e histerectomia prévia.


Quais são os tipos de tratamento para a Incontinência Urinária?

Muitos tratamentos são comumente usados para a incontinência urinária, incluindo tratamento farmacológico, tratamento cirúrgico e a fisioterapia ou mais conhecido como intervenções comportamentais.


Qual o objetivo da Fisioterapia em uroginecologia?

O objetivo de fortalecer o assoalho pélvico, tendo apresentado melhoras em até 85% dos casos recuperando o controle urinário, uma vez que permite o fortalecimento do componente Peri-uretral do esfíncter uretral externo, aumentando o tônus e melhor a transmissão das pressões na uretra, tornando a paciente continente. A fisioterapia também inclui tratamento para:

·       Disfunção do assoalho pélvico/ Prolapso genital grau I e II;
·       Tratamento clinico pós cirúrgico;
·       Bexiga Neurogênica;
·       Dor pélvica crônica, cistite crônica
·       Disfunções sexuais;
·       Incontinência anal
·       Fisioterapia no pré natal, no trabalho de parto e no puerpério.