quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


Vaginismo: sintomas e tratamento

Dor ao fazer sexo pode significar um problema mais grave. Fique atenta!

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No começo parece um incômodo, algo passageiro. Mas aquela dorzinha no ato sexual logo torna-se um grande problema na sua vida e o prazer desaparece. Ao contrário do que pode parecer, o vaginismo não é uma “frescura”, mas um distúrbio sexual grave, que – felizmente! – tem tratamento quando diagnosticado corretamente.
Cerca de 5% da população feminina já sofreu ou vai sofrer com algum grau de vaginismo, que é caracterizado pelacontração involuntária dos músculos da região pélvica e do canal vaginal, que impossibilita a penetração. De olho no aumento dos casos, que subiram 80% de 2005 a 2010, o Projeto Afrodite, núcleo de sexualidade feminina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), criou o CATVA – Centro de Atendimento ao Vaginismo.
O vaginismo é dividido em 3 tipos: primário, secundário ou situacional, e que o distúrbio acontece por fatores psicológicos, que acabam interferindo na parte física da paciente. “É sempre muito importante desmistificar quaisquer fatores relacionados com o vaginismo”, destaca a coordenadora de fisioterapia do CATVA, Maria Angélica Alcides.
“O tratamento é sempre de caráter multiprofissional, com a presença de ginecologista especialistas em sexualidade, sexólogos, psicólogos especialistas em sexualidade e fisioterapeutas especialistas em saúde da mulher”, explica.
As classificações do vaginismo referem-se aos períodos em que as contrações se manifestaram. “Quando essa mulher sempre manifestou a dificuldade de ser penetrada, desde a iniciação sexual, chamamos de ‘primário’. O ‘vaginismo secundário’ é caracterizado quando essa mulher já teve momentos de atividade sexual normal com penetração peniana e por algum motivo ou trauma não consegue mais ter a relação com a penetração peniana”,
exemplifica Maria Angélica.
Há ainda o tipo situacional, quando a mulher apresenta episódios diferenciados quanto à presença de algum fator. “Pode ser por parceiro específico, tipo de objeto a ser penetrado (algumas dessas pacientes conseguem realizar exames ginecológicos e avaliação fisioterapêutica, por exemplo), local ou ambiente onde ocorre a prática sexual”, conta a fisioterapeuta.
O tratamento passa primeiro pela parte psicológica e depois pela fisioterapia. “Iniciamos o tratamento com sessões de relaxamento e conscientização corporal, fazendo com que essa mulher passe a se conhecer e a perceber as reações que estão acontecendo em seu corpo, para que essa possa começar a ter domínio sobre ele. É um tratamento que requer paciência de ambas as partes”, conclui Maria Angélica.
Fique atenta aos possíveis sintomas e procure seu ginecologista para ter mais informações caso identifique o problema.
- Fatores educacionais e/ou culturais: devido a uma criação repressora ou informações errôneas ou ausentes sobre relações sexuais;
- Religioso: onde o sexo é associado ao pecado (incontrolável sentimento de culpa);
- Dispareunia: dor persistente e recorrente ao ato sexual;
- Trauma sexual anterior: abusos ou estupros;
- Hostilidade à figura masculina: a paciente pode ter presenciado ou sofrido maus tratos durante a infância, adolescência ou até mesmo vida adulta.

fonte: http://www.bolsademulher.com/corpo/vaginismo-sintomas-e-tratamento/

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013



Incontinência Urinária na Gestação

O trato urinário possui íntima relação anatômica com o trato genital. Assim, determinadas condições que alteram o aparelho genital podem atingir também o trato urinário, e vice-versa, como se observa durante a pós-menopausa ou, ainda, no ciclo gravídico-puerperal.
Durante a gestação, o organismo materno sofre modificações funcionais e/ou anatômicas sendo as que ocorrem no trato urinário inferior podem originar distúrbios, algumas vezes, persistentes após o puerpério.
Neste âmbito, muitos são os sintomas urinários no decorrer da gestação. Alguns estudos demonstram que
no puerpério, 46,6% delas houve incontinência urinária durante a gestação. Ademais é relatado a ocorrência de noctúria, que atinge 55 a 65% das gestantes; freqüência em 45 a 95%; disúria em 30 a 55% e urgência
miccional que ocorre em 60 a 70%.
Com o progredir da gestação, a bexiga desloca-se de seu sítio habitual caracterizando a ocorrência de distopia fisiológica. Torna-se anterior e superior, ocupando, no terceiro trimestre, uma posição mais abdominal do que pélvica. Verifica-se ainda aumento da vascularização e hiperemia da
mucosa vesical .


O detrusor se hipertrofia pelo estímulo estrogênico, porém, torna-se hipotônico pela ação progestacional, o que ocasiona aumento da capacidade vesical. Entretanto, com o crescimento do útero e a compressão exercida pelo feto, há diminuição da capacidade vesical com o evoluir da gravidez, que pode ser responsável pelo maior número de micções no último trimestre.
Como parte das alterações urodinâmicas durante a gestação, salienta-se também o aumento da pressão máxima de fechamento uretral e do comprimento funcional da uretra.
O assoalho pélvico fornece o suporte para os órgãos pélvicos (evitando o aparecimento das distopias genitais) e mantém a continência urinária. Para o bom desempenho destas funções é crucial a manutenção da integridade de seus músculos, tecido conectivo e inervação.
Durante o período expulsivo do trabalho de parto, a cabeça fetal distende e estira o assoalho pélvico, incluindo os músculos e os tecidos conectivos. Nesta fase, poderá ocorrer a hiperdistensão e a ruptura dos músculos, tecidos conectivos e nervos.

O prolapso genital e a incontinência urinária são consideras, por alguns autores, sequelas do parto vaginal. A maioria deles defende que o parto vaginal é a mais importante causa de incontinência urinária, mas o mecanismo exato é ainda incerto.


Fonte: Trato urinário, assoalho pélvico e ciclo gravídico-puerpera


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Prolapso genital e reabilitação do assoalho pélvico


O suporte dos órgãos pélvicos decorre de uma interação dinâmica entre os ossos da pelve, tecido conjuntivo endopélvico e a musculatura do assoalho pélvico. Dois sistemas, de suspensão e de sustentação, realizam esse suporte. O sistema de suspensão tem como principais estruturas os ligamentos  pubovesicouterinos, transversos e uterossacros. Já o sistema de sustentação é formado por músculos, e tem como componente principal o levantador do ânus com seus três feixes – puborretal, pubococcígeo e ileococcígeo. A sustentação ocorre pela contração intencional dos músculos do assoalho pélvico, que  realiza levantamento e compressão ao redor da uretra, vagina e ânus, oferecendo suporte estrutural horizontal aos órgãos pélvicos.


Anatomicamente, é plausível que tanto a perda de suporte horizontal do assoalho pélvico quanto o alargamento do hiato genital predisponham ao prolapso genital. Logo, os dois sistemas devem estar íntegros e funcionando em harmonia para manter os órgãos pélvicos em sua topografia adequada; o desequilíbrio de um desses dois sistemas, ou mesmo de ambos, pode levar ao aparecimento do prolapso pélvico feminino.
Acredita-se que a integridade do assoalho pélvico diminui as chances de desenvolvimento do prolapso genital que, uma vez instalado, pode levar a sintomas como sensação de peso na vagina, dor abdominal, inguinal e lombar. Esses sintomas tendem a se manifestar em maior intensidade quanto mais avançado for o estádio do prolapso. Para a quantificação, usa-se o sistema POP-Q (pelvic organ prolapse quantification), adotado pela Interntional Continence Society (ICS) em 1996, que classifica o prolapso em estádios de 0 a 4, de acordo com a severidade.
O principal tratamento nos dias atuais é a cirurgia; contudo, o real papel do tratamento conservador, especialmente a reabilitação do assoalho pélvico, ainda não está bem elucidado...
veja o link abaixo...

fonte:www.febrasgo.org.br/arquivos/femina/Femina2010/fevereiro/Femina_v38n2/Femina_v38n2_101-104.pdf

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Câncer de Vulva

O câncer de vulva é um tumor maligno que atinge a parte externa do aparelho reprodutor feminino. A vulva é formada pelos lábios maiores, lábios menores, clitóris e intróito vaginal. Na vulva está localizada a abertura da uretra, canal que conduz urina da bexiga ao meio externo.
Câncer da vulva é uma neoplasia rara, responsável por 0,5% de todos os cânceres nas mulheres e 5% dos tumores ginecológicos. Aproximadamente 90% dos cânceres de vulva são carcinomas epidermóides. Os demais casos compreendem adenocarcinomas, doença de Paget, melanomas, sarcomas e carcinomas basocelulares. 


Os principais sintomas de câncer de vulva são
- Prurido
- Ardência
- Sangramento
- Nódulo ou ulceração
- Áreas de pele com cor e textura alteradas
Com base nestas informações, a história clínica completa e um exame físico minucioso são importantes para detecção de lesões suspeitas. O diagnóstico do câncer de vulva é confirmado através de biópsia, procedimento no qual o médico remove pequenos fragmentos da área suspeita e o patologista faz a análise microscópica das amostras. Habitualmente a biópsia da vulva é um procedimento ambulatorial, realizado pelo médico com uso de anestesia local.
Existem várias modalidades terapêuticas para o câncer de vulva. A escolha do médico por determinado tipo de tratamento é baseado em vários fatores:
- Extensão da doença;
- Tumor recém-diagnosticado ou recorrente;
- Histórico médico e atual estado geral de saúde do paciente;
Os tumores iniciais são tratados cirurgicamente através da remoção do tumor e dos gânglios linfáticos inguinais. Os tumores mais avançados podem ser tratados com quimioterapia e radioterapia, antes ou depois da cirurgia.
- Terapia com laser – destruição das células anormais utilizando um feixe de luz concentrada (laser) pode ser utilizada no tratamento das lesões pré-malignas (Neoplasia Intra-Epitelial Vulvar ou NIV)
- Cirurgias
  • Vulvectomia simples: ressecção de toda a vulva;
•  Vulvectomia radical: remoção da vulva com tecido normal ao redor e inclui esvaziamento dos gânglios linfáticos inguinais;
•    Linfadenectomia: ressecção dos gânglios linfáticos.
  • Radioterapia – utiliza feixes de radiação para destruir as células tumorais;
Pesquisa do Linfonodo Sentinela – Trata-se da avaliação do comprometimento do linfonodo inguinal através da injeção de um marcador junto ao tumor na vulva quando este tem até 4cm de tamanho. Esse marcador migra até o linfonodo na região inguinal (virilha) e o mesmo é avaliado pelo patologista. Caso ele não esteja comprometido, não é necessário a realização da retirada de todos os linfonodos da região inguinal (virilha), evitando assim uma sequela comum que é o inchaço crônico das pernas (linfedema).
Os principais fatores de risco são:
- Idade – a maioria das mulheres tem mais de 50 anos quando é diagnosticado o câncer de vulva, sendo a incidência maior após os 70 anos
- Irritação / inflamação vulvar crônica
- Infecção pelo vírus HPV
- Infecção pelo vírus HIV e outros estados de imunossupressão crônica
- Neoplasia intraepitelial vulvar (displasia vulvar) – lesão pré-maligna formada
  por células anormais na camada mais superficial da pele da vulva.

Fonte: Hospital  ACCamargo