terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Câncer de Vulva

O câncer de vulva é um tumor maligno que atinge a parte externa do aparelho reprodutor feminino. A vulva é formada pelos lábios maiores, lábios menores, clitóris e intróito vaginal. Na vulva está localizada a abertura da uretra, canal que conduz urina da bexiga ao meio externo.
Câncer da vulva é uma neoplasia rara, responsável por 0,5% de todos os cânceres nas mulheres e 5% dos tumores ginecológicos. Aproximadamente 90% dos cânceres de vulva são carcinomas epidermóides. Os demais casos compreendem adenocarcinomas, doença de Paget, melanomas, sarcomas e carcinomas basocelulares. 


Os principais sintomas de câncer de vulva são
- Prurido
- Ardência
- Sangramento
- Nódulo ou ulceração
- Áreas de pele com cor e textura alteradas
Com base nestas informações, a história clínica completa e um exame físico minucioso são importantes para detecção de lesões suspeitas. O diagnóstico do câncer de vulva é confirmado através de biópsia, procedimento no qual o médico remove pequenos fragmentos da área suspeita e o patologista faz a análise microscópica das amostras. Habitualmente a biópsia da vulva é um procedimento ambulatorial, realizado pelo médico com uso de anestesia local.
Existem várias modalidades terapêuticas para o câncer de vulva. A escolha do médico por determinado tipo de tratamento é baseado em vários fatores:
- Extensão da doença;
- Tumor recém-diagnosticado ou recorrente;
- Histórico médico e atual estado geral de saúde do paciente;
Os tumores iniciais são tratados cirurgicamente através da remoção do tumor e dos gânglios linfáticos inguinais. Os tumores mais avançados podem ser tratados com quimioterapia e radioterapia, antes ou depois da cirurgia.
- Terapia com laser – destruição das células anormais utilizando um feixe de luz concentrada (laser) pode ser utilizada no tratamento das lesões pré-malignas (Neoplasia Intra-Epitelial Vulvar ou NIV)
- Cirurgias
  • Vulvectomia simples: ressecção de toda a vulva;
•  Vulvectomia radical: remoção da vulva com tecido normal ao redor e inclui esvaziamento dos gânglios linfáticos inguinais;
•    Linfadenectomia: ressecção dos gânglios linfáticos.
  • Radioterapia – utiliza feixes de radiação para destruir as células tumorais;
Pesquisa do Linfonodo Sentinela – Trata-se da avaliação do comprometimento do linfonodo inguinal através da injeção de um marcador junto ao tumor na vulva quando este tem até 4cm de tamanho. Esse marcador migra até o linfonodo na região inguinal (virilha) e o mesmo é avaliado pelo patologista. Caso ele não esteja comprometido, não é necessário a realização da retirada de todos os linfonodos da região inguinal (virilha), evitando assim uma sequela comum que é o inchaço crônico das pernas (linfedema).
Os principais fatores de risco são:
- Idade – a maioria das mulheres tem mais de 50 anos quando é diagnosticado o câncer de vulva, sendo a incidência maior após os 70 anos
- Irritação / inflamação vulvar crônica
- Infecção pelo vírus HPV
- Infecção pelo vírus HIV e outros estados de imunossupressão crônica
- Neoplasia intraepitelial vulvar (displasia vulvar) – lesão pré-maligna formada
  por células anormais na camada mais superficial da pele da vulva.

Fonte: Hospital  ACCamargo