Obesidade é um agravante
para a incontinência urinária
A síndrome atinge cerca de 30% da população
brasileira, sendo a grande maioria formada por mulheres. Embora somente um
quarto delas procure tratamento, esse mal tem cura e o primeiro passo está na
perda de peso Por Fernanda Bosnich Definitivamente, nenhuma perda involuntária
de urina é normal. Essa é a afirmação unânime e convicta dos especialistas que
[...]
A síndrome
atinge cerca de 30% da população brasileira, sendo a grande maioria formada por
mulheres. Embora somente um quarto delas procure tratamento, esse mal tem cura
e o primeiro passo está na perda de peso.
Definitivamente,
nenhuma perda involuntária de urina é normal. Essa é a afirmação unânime e
convicta dos especialistas que diariamente atendem os pacientes que sofrem de
incontinência urinária.
Ela pode ser
temporária (quando causada por infecções) ou constante. Porém, o importante é
saber que todas têm cura, até mesmo na mulher mais velha, em quem a incidência
da doença é ainda maior.
“A idade é
um fator relevante, pois idosos apresentam mais doenças neurológicas, males da
próstata e fraqueza da musculatura do períneo”, explica os urologistas.
“Além disso,
as mulheres têm a uretra curta, o que facilita a perda de urina, e ainda estão
sujeitas a alterações dos mecanismos de continência, como gravidez, parto
normal e deficiências de hormônios”, completa. Apesar disso, vale ressaltar que
homens, mulheres mais novas e crianças podem ter o problema.
Entenda o processo
A urina é produzida nos rins e armazenada na bexiga, quando, então, o incômodo se manifesta. As causas são muitas, mas duas merecem o destaque. “As principais são a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), que ocorre com grande freqüência, e a bexiga hiperativa”, exemplifica. Em ambos os casos, o constrangimento e o comprometimento da higiene tiram o sossego e a qualidade de vida do paciente.
A urina é produzida nos rins e armazenada na bexiga, quando, então, o incômodo se manifesta. As causas são muitas, mas duas merecem o destaque. “As principais são a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), que ocorre com grande freqüência, e a bexiga hiperativa”, exemplifica. Em ambos os casos, o constrangimento e o comprometimento da higiene tiram o sossego e a qualidade de vida do paciente.
Incontinência
Urinária de Esforço: pode estar associada à obesidade, a complicações no parto
vaginal, ao número de gestações, à diminuição dos hormônios da mulher – que
ocorre com o passar dos anos – e a algumas cirurgias, como a da retirada do
útero.
Aqui, o
problema está na sustentação da bexiga e surge quando a pressão no interior
dela supera a resistência uretral. “Carregar peso, espirrar ou dar risada são
ações suficientes para deixar escapar algumas gotinhas. Em casos mais graves,
pode acontecer até com quem está deitado, com a musculatura relaxada, ou ao
levantar-se”.
“Se você
encher um balão desses de festas infantis com ar ou água e segurar bem apertada
a entrada por onde passam esses elementos, podemos mexer no balão que a pressão
dos dedos no orifício não possibilitará que o ar e a água vazem. No entanto, se
afrouxarmos um pouco, qualquer mínimo contato com a bexiga fará que ela expila
o que tiver dentro dela. O toque no balão corresponde ao esforço e à entrada de
ar no canal da uretra”, completa os urologistas.
Bexiga
hiperativa: caracteriza-se pelo aumento da atividade do órgão, proporcionando
vontade súbita e constante de ir ao banheiro. Pode ocorrer por causa
neurológica (lesão de medula, trauma de coluna, Acidente Vascular Cardíaco –
AVC – ou doença de Parkinson, por exemplo) ou não-neurológica e idiopática,
quando não se sabe a origem. Muitas vezes o paciente consegue manter a
continência, porém, o incômodo é evidente. “A pessoa precisa aliviar sua
necessidade o tempo todo e muitas vezes se vê impossibilitada, o que leva a um
transtorno”.