quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Prolapso genital e reabilitação do assoalho pélvico


O suporte dos órgãos pélvicos decorre de uma interação dinâmica entre os ossos da pelve, tecido conjuntivo endopélvico e a musculatura do assoalho pélvico. Dois sistemas, de suspensão e de sustentação, realizam esse suporte. O sistema de suspensão tem como principais estruturas os ligamentos  pubovesicouterinos, transversos e uterossacros. Já o sistema de sustentação é formado por músculos, e tem como componente principal o levantador do ânus com seus três feixes – puborretal, pubococcígeo e ileococcígeo. A sustentação ocorre pela contração intencional dos músculos do assoalho pélvico, que  realiza levantamento e compressão ao redor da uretra, vagina e ânus, oferecendo suporte estrutural horizontal aos órgãos pélvicos.


Anatomicamente, é plausível que tanto a perda de suporte horizontal do assoalho pélvico quanto o alargamento do hiato genital predisponham ao prolapso genital. Logo, os dois sistemas devem estar íntegros e funcionando em harmonia para manter os órgãos pélvicos em sua topografia adequada; o desequilíbrio de um desses dois sistemas, ou mesmo de ambos, pode levar ao aparecimento do prolapso pélvico feminino.
Acredita-se que a integridade do assoalho pélvico diminui as chances de desenvolvimento do prolapso genital que, uma vez instalado, pode levar a sintomas como sensação de peso na vagina, dor abdominal, inguinal e lombar. Esses sintomas tendem a se manifestar em maior intensidade quanto mais avançado for o estádio do prolapso. Para a quantificação, usa-se o sistema POP-Q (pelvic organ prolapse quantification), adotado pela Interntional Continence Society (ICS) em 1996, que classifica o prolapso em estádios de 0 a 4, de acordo com a severidade.
O principal tratamento nos dias atuais é a cirurgia; contudo, o real papel do tratamento conservador, especialmente a reabilitação do assoalho pélvico, ainda não está bem elucidado...
veja o link abaixo...

fonte:www.febrasgo.org.br/arquivos/femina/Femina2010/fevereiro/Femina_v38n2/Femina_v38n2_101-104.pdf