segunda-feira, 8 de abril de 2013


Obesidade é um agravante para a incontinência urinária
A síndrome atinge cerca de 30% da população brasileira, sendo a grande maioria formada por mulheres. Embora somente um quarto delas procure tratamento, esse mal tem cura e o primeiro passo está na perda de peso Por Fernanda Bosnich Definitivamente, nenhuma perda involuntária de urina é normal. Essa é a afirmação unânime e convicta dos especialistas que [...]

A síndrome atinge cerca de 30% da população brasileira, sendo a grande maioria formada por mulheres. Embora somente um quarto delas procure tratamento, esse mal tem cura e o primeiro passo está na perda de peso.
Definitivamente, nenhuma perda involuntária de urina é normal. Essa é a afirmação unânime e convicta dos especialistas que diariamente atendem os pacientes que sofrem de incontinência urinária.
Ela pode ser temporária (quando causada por infecções) ou constante. Porém, o importante é saber que todas têm cura, até mesmo na mulher mais velha, em quem a incidência da doença é ainda maior.
“A idade é um fator relevante, pois idosos apresentam mais doenças neurológicas, males da próstata e fraqueza da musculatura do períneo”, explica os urologistas.
“Além disso, as mulheres têm a uretra curta, o que facilita a perda de urina, e ainda estão sujeitas a alterações dos mecanismos de continência, como gravidez, parto normal e deficiências de hormônios”, completa. Apesar disso, vale ressaltar que homens, mulheres mais novas e crianças podem ter o problema.
Entenda o processo
A urina é produzida nos rins e armazenada na bexiga, quando, então, o incômodo se manifesta. As causas são muitas, mas duas merecem o destaque. “As principais são a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), que ocorre com grande freqüência, e a bexiga hiperativa”, exemplifica. Em ambos os casos, o constrangimento e o comprometimento da higiene tiram o sossego e a qualidade de vida do paciente.
Incontinência Urinária de Esforço: pode estar associada à obesidade, a complicações no parto vaginal, ao número de gestações, à diminuição dos hormônios da mulher – que ocorre com o passar dos anos – e a algumas cirurgias, como a da retirada do útero.
Aqui, o problema está na sustentação da bexiga e surge quando a pressão no interior dela supera a resistência uretral. “Carregar peso, espirrar ou dar risada são ações suficientes para deixar escapar algumas gotinhas. Em casos mais graves, pode acontecer até com quem está deitado, com a musculatura relaxada, ou ao levantar-se”.
“Se você encher um balão desses de festas infantis com ar ou água e segurar bem apertada a entrada por onde passam esses elementos, podemos mexer no balão que a pressão dos dedos no orifício não possibilitará que o ar e a água vazem. No entanto, se afrouxarmos um pouco, qualquer mínimo contato com a bexiga fará que ela expila o que tiver dentro dela. O toque no balão corresponde ao esforço e à entrada de ar no canal da uretra”, completa os urologistas.
Bexiga hiperativa: caracteriza-se pelo aumento da atividade do órgão, proporcionando vontade súbita e constante de ir ao banheiro. Pode ocorrer por causa neurológica (lesão de medula, trauma de coluna, Acidente Vascular Cardíaco – AVC – ou doença de Parkinson, por exemplo) ou não-neurológica e idiopática, quando não se sabe a origem. Muitas vezes o paciente consegue manter a continência, porém, o incômodo é evidente. “A pessoa precisa aliviar sua necessidade o tempo todo e muitas vezes se vê impossibilitada, o que leva a um transtorno”.

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