segunda-feira, 22 de julho de 2013

ANORGASMIA




É uma disfunção sexual, mais freqüente entre as mulheres, na qual o indivíduo encontra dificuldades para atingir o orgasmo, apesar de ter interesse sexual e todas as respostas satisfatórias para realizar o ato sexual. 
A anorgasmia pode ser classificada como:
 Primária - o indivíduo jamais teve orgasmo nem em uma relação sexual nem através da masturbação. Secundária - Quando, apesar de já ter vivido períodos em que atingia o orgasmo, deixou de conseguí-lo. Absoluta - Quando a pessoa não consegue atingir o orgasmo em nenhuma circunstância, nem pela relação sexual nem pela estimulação. Situacional - A pessoa consegue atingir o orgasmo, porém apenas em determinadas situações específicas. Não se deve confundir anorgasmia com frigidez.  Na Frigidez ocorre um desinteresse, uma falta total de desejo sexual.


Da onde vem?
Existem inúmeros fatores que concorrem para que um número muito grande de mulheres tenha este tipo de dificuldade (entre 50 e 70% das mulheres).  Dentre estes fatores geradores se destacam de forma praticamente absoluta os aspectos psicológicos, pois na quase totalidade dos casos são eles os fatores determinantes.
Entre os aspectos psicológicos podemos citar: a falta de intimidade com o próprio corpo; a falta de intimidade com o(a) parceiro(a); o excesso de contenção, provocado por uma estrutura de valores que supervaloriza a sexualidade e o desempenho sexual; a dificuldade de estar inteira, tranqüila e a vontade no contato com o outro no momento da relação sexual; educação sexual castradora, fatores religiosos, tabus, crendices, violência sexual (abuso ou estupro), medo de engravidar, experiências obstétricas (no caso das mulheres) traumáticas, envelhecimento, dificuldades do cotidiano, baixa auto-estima, auto-exigência exacerbada, ansiedade, excessiva preocupação com o desempenho, insegurança, estresse, depressão, desconhecimento do próprio corpo, dificuldades ligadas adicção. O momento da relação sexual é um momento de muita intimidade e de muita exposição, estando as duas pessoas inclusive sem roupa.  Para que as coisas transcorram bem é necessária uma segurança mínima, que nem sempre está presente nos relacionamentos.  Muitas vezes a pessoa termina forçando a própria barra ao se permitir vivenciar uma relação que na verdade emocionalmente não faz sentido para ela naquele momento.


Como tratar ?
O tratamento, um passa basicamente pela psicoterapia.  Dependendo do caso o indicado pode ser a terapia individual para a pessoa que esteja vivenciando este quadro, a terapia de casal ou ainda a junção dos dois processos.
O caminho da terapia individual visa criar condições para que a pessoa possa ampliar o auto conhecimento, aprendendo como faz para construir tal sintoma; o que a anorgasmia tem para contar sobre a forma como ela funciona na relação com seu universo. Com muita freqüência neste processo o indivíduo passa a ter mais curiosidade a cerca de seu próprio corpo, ampliando o seu conhecimento sobre o mesmo. A terapia de casal a visa facilitar a comunicação entre as duas pessoas, além propiciar um maior conhecimento sobre o funcionamento da relação, sobre como o casal se paralisa, como faz para perder a harmonia necessária para que a dança que se estabelece na relação sexual não tenha o êxtase como desfecho.

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